Vasta força se comprime
No horizonte mais um crime
O soldado chora a morte
- nessas horas temos que ser fortes
Pois é a dor que se comprime
Neste ato de um crime
A vida se encerra com a morte
Muitos poetas a desejaram...
- como é grande a minha sorte
Todos eles se decepcionaram
Visualizo o invisível
Vejo-te como desprezível
Dentro deste claustro
Ao qual me encerrei
Reconheço que sou fraco
Reconheço que errei
Como são belas as flores
Recordo-me dos amores
- sobre o que estávamos falando?
Juro que não sei...
- seria sobre a morte?
Ah! É! Isso mesmo: morte!
Mas não quero falar dela
Melhor saltar pela janela
- creio que é melhor eu ir
Ah! Não vá! É cedo pra partir
Nem falamos sobre o amor
A plenitude da vida
Que nos causa tanta dor
E aos sonhos nos convida
A maior força do mundo
Que no coração está no fundo
- então me fale do amor
Não falo... não se fala do amor
O amor se vive e se sente sua dor
Um comentário:
A imagem casou direitinho com a postagem.
E acredite ou não, esse foi uma das mais bonitas que já vi por aqui. O jogo de palavras, e a sequência de idéias dá um ar de graça, e no final a gente acaba se surpreendendo, porque até mesmo um texto que comece a falar de dor, morte, fatalmente termina afirmando sobre o sentimento que a gente se palta para viver.
Adorei.
Valeu a pena a demora.
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