quinta-feira, 31 de março de 2011

Campo Minado


É, meu coração é um campo minado. Sempre aconselho os que se aproximam dele a terem cuidado onde pisam. E estes dias, conectando migalhas de uma conversa com outra, me vi diante de uma realidade bem dura: Tem gente que gosta de sofrer. E este post é pra gente refletir acerca disto. (Tenho amigos que não pensam antes de falar ou fazer coisas, assim acabam se dando mal, mal de verdade)

Pensa comigo. Eu quero ser feliz, você quer ser feliz, até seu chefe presunçoso quer ser feliz. Aí entra o questionamento: Por que, ó grande criatura, vinculas tua felicidade aos outros? Se você não for capaz de amar-se a si mesmo, como, por piedade divina, vai conseguir amar alguém? 

Você pode e deve ser feliz sem precisar da aprovação do seu pai ou da sua mãe, pode ser feliz sem ter o melhor emprego do  mundo, andando de ônibus ou pegando chuva,  sendo largado na porta da igreja no dia que você pensou que fosse casar. 

Se você não passou no concurso pra promotor, que mal há nisso? Por acaso você só será feliz sendo promotor(a)? Não existe professor feliz? Gari feliz? Médico feliz? E o contrário também não é verídico? Quanta gente no mundo é infeliz e ocupa exatamente a posição que você anseia?

É nessas horas que eu paro e penso: somos tão superficiais, nos apegamos a títulos, cargos, rótulos (que em alguns casos são necessários, mas não devem ser nosso norte). Somos todos iguais. Não há um melhor ou pior. Então pare com a auto-piedade, evite desgostos. Aceite os dons que Deus já te deu gratuitamente.

Você tem casa? Emprego? Família? Amigos? Não? Mas está vivo não está? LUTE! CONQUISTE! SUPERE TUDO ISSO! Até no dicionário a dor vem antes do sucesso. Então pare de se lamentar e encontre motivos pra sorrir.

Sorria, mesmo que isto te doa a alma. Não dê a ninguém o prazer de saber que está te fazendo sofrer. Talvez você consiga uma boa noite de sono. 

quarta-feira, 30 de março de 2011

Diante do Luar...





Diante do sentimento de felicidade


A distância e a coragem


Distinguem-se da vida e da idade


Partindo para uma longa viagem


Falecem pelo instante perene


Aos meus ouvidos soa uma sirene


Anunciando que chegou a hora


Da partida para um lugar distante


Mesmo não querendo agora


Ou talvez para mais adiante


Perdoe-me por não ser


Aquilo que não fiz por merecer


Mesmo querendo padecer


O esquecimento do entardecer


Os dias não encerram mais


Por isso mesmo já não tenho paz


Ir embora é o que quero


Para um lugar distante, longe


Voar, sair ou desistir, nada...


Não me cabem mais os sapatos


Cresci e nem percebi, idade


A vida é dura pra quem é mole


Já li isso em algum lugar


Que diferença faz? Outro gole


Não tenho onças para alimentar


Dores e desgostos, você, seu rosto


É descontente o riso, fugaz


Invariável por momentos únicos


Torna-se vivo o amuleto, seios.


Doravante a fuga pulsa medos


Participando da guerra dos seus


Morte. Despedida. Adeus.


terça-feira, 29 de março de 2011

Um país chamado Braziw


O Braziw é um país conhecido por todos nós. Lá o povo é feliz, alegre, faz festa por tudo. Não tem tempo ruim.

Eu considero o Braziw um país de extremos: vemos toda uma comoção diante da morte de uma figura ilustre que merecia realmente todo tipo de honraria, pois lutar 11 anos contra o câncer, ser vice presidente e ainda aturar brincadeiras sobre seu estado de saúde não é pra qualquer um. E no mesmo dia, milhões de pessoas se reúnem em suas casas para "torcer" (hã?) por um programa de TV que não passa de um criador de pseudo-celebridades. 

No Braziw os políticos de um modo geral votam contra o povo e o povo vota contra o povo. Na verdade à favor do povo só os deuses do Olimpo, que aqui acolá permitem uma tragédia ou outra em terras verde e amarelas. Enquanto o povo brinca de decidir o final do BBB (Braziw Babaquice Bundal) o mesmo povo sofre a falta de emprego, a precariedade da saúde, a constante insegurança... Sem falar da corrupção que entra "DICUMFORÇA".

Então, este Braziw, onde a Política do Pão e Circo (tão bem ensinada pelos romanos)  faz nascer novos tempos. Tempos em que o povo não liga mais pra corrupção ou pra falta de condições de sobrevivência dos mais necessitados. O que não pode acabar é o Carnaval, o Campeonato Brazileiro, a Micareta. 

Sabe quando teremos guerra civil no Braziw? Exatamente no dia que cancelarem o Carnaval, o Futebol e a Micareta... ou seja, NUNCA! Eu não quero que haja uma guerra de fato, mas queria muito que o povo brazileiro guerreasse contra o tráfico, a exploração infantil, a imprudência no trânsito...

É provável que eu seja um sonhador... 

Enquanto o palhaço chora o circo aplaude. 

Daniel Ribeiro - Brasileiro - Paraense/Acreano.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Você é Assim

 



Por que chorei

De que corri

Pra onde irei  

Se desisti

Não sinto nada

Pra quem menti

Só o seu rosto

Em meu pensar

Uma voz a me embalar

Voz tua que me faz sonhar

E me pega no braço

Me dá um abraço

Me faz delirar.

domingo, 27 de março de 2011

Olhos Castanhos

E descendo a rua

Vinha ela, quase nua

Seu olhar estonteante

Perseguia os que a viam distante

Seus longos cabelos,

Deixavam um grande perfume

Sua pele reluzia como o lume

Seus olhos, ah, seus olhos

Estes não esqueço,

Todo aquele corpo desenhado

Sendo por todos cobiçado,

Mas seus olhos, sendo por mim desejados

Eu olhei bem dentro deles

Foram os segundos mais longos que vivi

Intermináveis, seu olhar me cativou

Igual a mim, ela também me amou

Foi um sentimento inexplicável

Me consumia, me estremecia

O medo tomava conta de mim

Mas, aqueles segundos chegaram ao fim

E seu olhar, em nenhum momento,

E nem deixaria, saíram de dentro de mim.

E hoje ainda penso naqueles olhos castanhos

Que me deixaram assim tão estranho

Homem de Aço


Hoje é um daqueles dias em que se eu for atropelado por uma carreta eu não saio nem arranhado e ela passará meses na oficina.

sábado, 26 de março de 2011

O Rei Leão


Algumas pessoas conhecem minha infância, minha história de vida, meus erros, meus defeitos...


E estas mesmas pessoas sabem que não foi fácil passar por tudo que passei...


Hoje choro por novas dores, novos tombos, novas surras...


A vida é dura pra quem é mole, já dizia o ditado...


E eu não me considero mole, fraco ou limitado...


Só me veio na cabeça o Rei Leão... sua dor, seu choro, seu grito de liberdade.


Quem não me merece, não merece minhas lágrimas.


Você perdeu.


Como o Simba, eu possuo o dom de superar, de olhar em frente e de cantar Hakuna Matata...


Meu Pumba e meu Timão sempre estarão ali do meu lado...


Minha família e meus amigos que me ensinam lições eternas...


Sim, Timão e Pumba sempre foram meus pilares de sutentação...


E foi com eles que aprendi a arte de sorrir diante das adversidades...


Posso sorrir, mesmo diante de lágrimas. O valor é grandioso.


Os que tentam me atingir, me atacar, me ofender, saibam que aqui há um leão...


Pronto pra se defender, com garras e dentes tão afiados quanto a língua que me acusa em vão...


Toda verdade tem três lados, o meu, o seu e o dela... Saber qual será mais forte é que são elas...


É aquela velha relação entre dedos e anéis... Os anéis se vão... E mais um anel se foi...


Simba sabe bem como é isso... A dor de ser acusado por algo que ele não fez é indescritível


Ele nunca mataria seu pai.


Assim como eu nunca faria certas coisas...


Simba e eu nos parecemos muito... Pela determinação, coragem e ousadia.


Como ele, posso cantar... E cantarei. O seu encanto não merece canto.


Te deixo um sorriso sincero e um desejo de boa sorte. Mostrando dentes e garras.

Quem sou eu?


Diga-me por acaso

mas só se for o caso

pense, eu sou o nada

eu sou o ninguém

quem sou eu?

- Não sei, por quê?

- Eu sou eu ou sou você?

Seremos nós

já que a sós

somos dois nós

que laçados pelo ouriço

vemos nesse enguiço

mais um rebuliço

mas ainda não me respondeu

fale logo, quem sou eu?

- Um sonho, tristonho

talvez risonho.

- Ou mais, nem sonho

nem pesadelo, eu sou

um raio de luz que

ilumina o canto escuro da sala,

de um sonho, eu sou o amor

de um pesadelo eu sou a dor

do Ártico eu sou o calor

de um jardim eu sou a flor

mas, quem sou eu?

- Eu não sei já esqueceu?

Agora sei, eu sou o tudo

eu sou o nada

estou apenas perdido

nessa grande cilada.


sexta-feira, 25 de março de 2011

Meia Noite.



Entre, a porta esta aberta

Tire sua mão de minha perna

Vá embora, não quero

Não lhe dou esta liberdade

Não tire minha camisa

Não me apertes assim

Não faça isso, é ruim

Já disse, vá embora

É tarde, já passa da hora

Não ponha sua língua em minha boca

Não tire sua roupa

Não ponha minha mão

Em seus seios

Já te disse, tenho receio

Não me jogue na cama

Pare de mentir, você não me ama

Não quero ser violento

Solte-me, você é um tormento

Vá embora, já não agüento

Não me provoques...

Isso. Beije-me, abrace-me

Tire sua roupa

Como é aconchegante

estar em seus braços...

Ah! Ah! Ah!

Que sonho maluco...

(Daniel Ribeiro)

Primeiro Post



Sempre tive vontade de blogar...


Já fiz isso algumas vezes, este deve ser o quinto ou sexto blog que faço...


Mas talvez este se sustente...


Sempre que eu perder o sono (e isto acontece com bastante frequência) estarei postando algo.


Vamos lá, madrugada adentro...


Madrugada à Ribeiro