sábado, 9 de abril de 2011

Atrás da Porta




De tão forte o sentimento


Tão distante o pensamento


Em todo rosto, todo gosto


Que saco!


Felicidade, o que será?


Um amor eterno


Uma amizade verdadeira?


Dinheiro, poder?


Ter-te a vida inteira?


As cores, os rostos...


A distância e o desgosto


O dia de hoje é apenas bom


Não é perfeito, nem eterno


É um dia como outro...


Longo, quente, profundo


Sentimentos se confundem


Com a vida e a com a morte


O vazio e a lanterna


Completam-se sem sorte


O teu rosto surge adiante


Tua voz ouço distante


Mesmo sem amor sou forte


Diferente de não ter vida


É nunca ter tido morte


Um tapa. Uma faca.


A dor expressa numa face


O grito sussurrado no vácuo


E o gemido esquecido no ato


Violência e dor, morte e desamor


Piedade impiedosa


Sangue e lágrimas, verdade!


Não te vejo há anos


E ainda sinto teu gosto.


Ainda penso no teu rosto


É impossível não morrer


Igual a não te querer


Você encanta a planta morta


Eu me escondo atrás da porta


Espreitando você passar


Acredite: irei te conquistar!


(Daniel Ribeiro no dia 28 de maio de 2007)

2 comentários:

larissa castro disse...

ual, adorei :o

Daniel Ribeiro disse...

Obrigadíssimo Lari!!! Volte sempre!!!